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Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou em oficio encaminhando á Câmara que há contas bancarias em nome de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e de familiares na Suíça e que seus saldos foram bloqueados pelas autoridades daqueles país.
O documento assinado por Janot foi feito em resposta a requerimento feito pela bancada do PSOL na Câmara. O partido afirmou ontem que ingressará na terça-feira(13) no Conselho de Ética da Casa com um pedido de cassação do mandato de Cunha.
No documento, Janot relata pergunta formulada pelo deputado Chico Alencar (RJ), líder da bancada do PSOL, sobre se a Procuradoria confirma a existência de contas bancarias em nome do deputado federal Eduardo Cunha e dos seus familiares na Suíça. " A resposta é afirmativa", escreve Janot.
O procurador-geral também confirma que os saldos dessas contas foram bloqueados, mas não fala em valores. No oficio, Janot também informa que a investigação do Ministério Público suíço no caso de Cunha se refere aos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
O procurador-geral também ressalta que embora a lei permita haver sigilo sobre informações relacionadas a investigações criminais em andamento, o caso de Cunha é diferente já que ele preside á Câmara, se inserindo na categoria de pessoas politicamente exposta - cidadãos que por sua posição institucional ou funcional estão sujeitos a mais estritos critérios de transparencia.
Na avaliação do PSOL, embora não haja novidades no documento enviado por Janot, agora a peça que pedirá a cassação do mandato de Cunha ao Conselho de Ética será mais robusto já que estará embasadas por informações oficiais e não haver´alegações de que se basearam em notícias de jornal..
Conforme informou a Folha de São Paulo ontem, o banco Julius Baer informou às autoridades suíças que Cunha e seus familiares figuram como beneficiários finais de contas secretas onde estão depositados US$ 2,4 milhões (R$ 9,3 milhões).
Questionado ontem, o presidente da Câmara mais uma vez se negou a comentar o assunto. "São variações do mesmo tema, contraditórias umas com as outras. Se for notificado, no conteúdo que tiver, meus advogados vão falar", afirmou.
O PSOL está atuando em diversas frentes para tentar afastar Cunha da Presidência da Câmara e faze-lo perder o mandato. Se isso ocorrer, o peemedebista perde o foro privilegiado.
Na última quarta-feira, 30 deputados federais de sete partidos políticos protocolaram na corregedoria da Câmara uma representação pedindo a abertura do processo de cassação de Cunha.
A corregedoria é um órgão auxiliar da Mesa da Câmara presidida por Cunha. Já o Conselho de Ética, embora controlado por aliados, é o setor que pode aprovar a cassação - ela só se efetiva, porém, com o voto em plenário de pelo menos 257 dos 513 deputados.
---------------Fonte Jornal do Comercio - Caderno Política - 09/10/2015 --------------------








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