Contra restrição ao uso da porta do meio, rodoviários vão acionar o Ministério Público

O sindicato afirmou que últimos acidentes estão ligados ao não funcionamento do equipamento de segurança Anjo da Guarda

Publicado em 06/11/2015, às 10h56

Do JC Trânsito

A entidade defende que haja um debate maior sobre prós e contras da restrição

Foto: Edmar Melo/JC Imagem

O Sindicato dos Rodoviários prometeu que vai acionar o Ministério Público de Pernambuco para negociar alternativas à restrição ao uso da porta do meio dos ônibus, medida determinada pelo Procon-PE em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelas empresas. Agora, a porta central só pode ser aberta nos terminais integrados ou, ao longo do itinerário, para embarque e desembarque de deficientes.

A entidade defende que haja um debate maior sobre prós e contras da restrição. "Não chamaram o sindicato nem representantes dos usuários de transporte público para discutir isso, não chamaram ninguém da sociedade", afirmou o assessor de comunicação do sindicato, Genildo Pereira.
Em carta aberta assinada pelo presidente da entidade, Benilson Custódio, o Sindicato dos Rodoviários afirmou que os acidentes que têm acontecido estão ligados ao não funcionamento do equipamento de segurança Anjo da Guarda, que não permite a abertura das portas enquanto o veículo está em movimento. Para eles, a restrição ao uso da porta do meio não é medida de segurança, e sim uma forma de evitar embarque e desembarque de passageiros fora dos terminais. "É uma questão de evasão de renda, é, sim, interesse dos empresários", disse Pereira.
O documento do Sindicato dos Rodoviários defende ainda que a medida não deve ser tomada devido à superlotação. "O fato é que a referida medida tem causado prejuízos ainda maiores aos usuários que agora levam mais tempo para desembarcar nas paradas principalmente nos horários de pico quando os coletivos encontram-se superlotados. A situação ainda é mais grave nos ônibus artivulados que comportam próximo de 100 passageiros nos horários de pico."

-------------- Fonte Jornal do Comercio - Caderno Cidades - 06/11/2015 -------------------