Ação da PF atinge filho de Lula
Agência O Globo
BRASÍLIA – Numa nova fase da Operação Zelotes, a Polícia Federal fez ontem busca e apreensão de
documentos no escritório das empresas LFT Marketing Esportivo, Touchdown Promoção de
Eventos Esportivos, e Silva e Cassaro Corretora de Seguros, todas de Luis Claudio Lula da
Silva, filho caçula do ex-presidente Lula. Em relatório sobre a operação, a PF aponta suposto
conluio entre Gilberto Carvalho, ex-secretário-geral da Presidência, e lobistas suspeitos de
comprar trechos de Medidas Provisórias favoráveis a montadoras de carros. A PF apreendeu documentos nas empresas de Luis Claudio por suspeitar de vínculos entre o filho de Lula e os lobistas das montadoras. Pelo relatório da polícia, a empresa de lobby Marcondes e Mautoni fez um pagamento de R$ 1,5 milhão para a LFT, de Luis Claudio, no ano passado. A PF suspeita que Marcondes e Mautoni seja uma empresa de fachada, e que o repasse seria propina. O relatório não
explica, no entanto, o que Luis Claudio teria feito para atender aos interesses dos lobistas. Ao
longo do dia, a PF prendeu seis pessoas, levou nove para depor coercitivamente, e apreendeu
documentos em 18 endereços.Pela manhã, no mesmo momento das buscas, Gilberto Carvalho
prestou depoimento na sede da PF para explicar suas relações com alguns lobistas, entre
eles Mauro Marcondes Machado, vice-presidente da Associação Nacional de Fabricantes de
Veículos Automotores (Anfaea), e Alexandre Paes Santos, conhecido como APS. Marcondes,
APS e mais quatro investigados foram presos ontem pela PF. “Ademais constatamos que as
relações mantidas entre a empresa do lobista Mauro Marcondes e o Gilberto Carvalho são deveras
estreitas. Os documentos que seguem abaixo fortalecem a hipótese da ‘compra’ da medida
provisória para beneficiamento do setor automotivo utilizandose do ministro que ocupava a ‘antessala’ do então presidente”, diz o relatório da PF. Segundo a PF, as Medidas
Provisórias 471, de 2009, 512, de 2010, e ,627, de 2013, teriam sido negociadas. Na lista de presos
estão ainda os lobistas Halysson Carvalho; Cristina Mautoni, do escritório Marcondes & Mautoni;
José Ricardo Silva, considerado um dos chefes das fraudes no Conselho de Administrativos
de Recursos Fiscais (Carf); e o sócio dele, Eduardo Gonçalves Valadão. Em depoimento à PF,
Silva e Valadão se recusaram a responder às perguntas. A PF também levou coercitivamente
para depor: Paulo Arantes Ferraz, Eduardo de Souza Ramos, Carlos Alberto de Oliveira
Andrade, dono do grupo CAOA; Lytha Battiston Spíndola, Vladimir Spíndola da Silva,
Marcos Augusto Henares Vilarinho, Raimundo Nonato Lima de Oliveira, Indianara Castro Biserra
e José Jesus Alexandre da Silva. A PF também apreendeu documentos na casa do ex-diretor
do Senado Fernando César Mesquita – ex-assessor do ex-presidente José Sarney – suspeito de
receber R$ 78 mil do esquema.
INVESTIGAÇÃO Luis Cláudio (esq) e Carvalho são suspeitos de envolvimento com lobistas
ZELOTES PF realizou operação em escritório de Luis Claudio Lula da Silva e implicou Gilberto Carvalho em suposta “venda” de MPs Folhapress
BRASÍLIA – O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Luís Cláudio Lula da Silva,
criticou a operação de busca nos escritórios da LFT e Touchdown, empresas do filho de ex-presidente
Lula. Ele pediu à Justiça e à PF acesso ao material usado para justificar a medida. Disse
que a falta de acesso impede que a defesa possa exercer o contraditório e tomar outras medidas
cabíveis. “A busca e apreensão dirigida à Touchdown revela-se despropositada na medida em que essa empresa não tem qualquer relação com o objeto da investigação da chamada operação Zelotes”,
disse. “A simples observação da data da constituição da empresa é o que basta para afastá-la de
qualquer suspeita”, disse Martins. A MP foi editada em 2009 e a LFT constituída em 2011. Já
a prestação de serviços da LFT à M&M (a empresa de lobby), ocorreu só em 2014 e 2015”, informou. O advogado disse que os serviços prestados pela LFT podem ser comprovados.
O ex-ministro Gilberto Carvalho se disse “indignado” em ver seu nome citado na Operação
Zelotes e desafia “quem quer que seja” a provar que ele tenha recebido recurso ilícito: “Nunca
recebi dinheiro nenhum. Eu tenho uma chácara, um apartamento para pagar em vinte anos
e uma filha falida, a quem tenho de ajudar. Estão fazendo meras e tristes interpretações”, disse.
Carvalho admite que conhece um dos suspeitos presos, Mauro Marcondes, da M&M. “Quando
era chefe de gabinete, eu o recebia para tratar de temas relativos a ele ter uma audiência com
o presidente Lula. Vinha demandar interesses do setor automobilístico, algo normal. Nunca o
encontrei fora do meu gabinete”. A CAOA informou que Carlos Alberto de Oliveira Andrade esteve
na PF na condição de testemunha- informante e que a empresa jamais contratou ninguém
para atuar na aprovação de MPs. Acrescenta que, em se tratando do Carf, os dois recursos
de seu interesse foram rejeitados. O advogado de Alexandre Paes Santos não quis se manifestar.
Em nota, o Palácio do Planalto afirmou: “O governo espera que todos os fatos sejam apurados
o mais rapidamente possível, bem como seja garantido o princípio do contraditório”.
----------------Fonte Jornal do Comercio -----------------------------------
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