Com base no Portal da Transparência, oposicionistas afirmam que governo aumenta impostos e pede sacrifício aos servidores, mas deixa de fazer a sua parte na contenção de gastos .
Publicado em 05/11/2015, às 07h35
Ayrton Maciel
Líder do PSOL, Edilson Silva denunciou a continuidade de pagamentos, pelo governo do Estado, à construtora Odebrecht por manutenção da obra e empréstimo para a Arena da Copa
Foto: Arquivo Alepe
Um dia depois do governo do
Estado prorrogar de novembro para o final de dezembro o prazo para a
Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentar o estudo e uma proposta de
solução para a Arena Pernambuco, a oposição na Assembleia Legislativa
acusou, nesta quarta-feira (04), a gestão do governador Paulo Câmara
(PSB) de continuar pagando parcelas ao consórcio Odebrecht que construiu
e administra o estádio da Copa de 2014.
O deputado Edilson Silva (PSOL)
denunciou, ontem, que de agosto a outubro o governo liberou R$ 5,25
milhões para a construtora (R$ 1,75 milhão/mês), quando em junho já
havia pago R$ 1,65 milhão a título de parcela de Ressarcimento de
Investimento na Obra (RIO).
As parcelas foram autorizadas e pagas
depois do governo ter quitado R$ 40 milhões no início do ano (R$ 30
milhões em janeiro e R$ 10 milhões em fevereiro), segundo o Portal da
Transparência. A oposição aproveitou a sessão para condenar o Executivo
por não interromper os pagamentos até a FGV apresentar uma proposta de
saída do custo da obra no erário do Estado.
“A Alepe foi convocada a aprovar um
ajuste fiscal (aumento de ICMS e IPVA, a partir de 2016) e os servidores
a um sacrifício en razão das contas do Estado, mas o governo não te
feito a sua parte. São quase R$ 7 milhões de junho para cá, quando não
se paga a terceirizados e se reduz cirurgias eletivas nos hospitais”,
repudiou Edilson. “É preciso ficarmos atentos ao orçamento de 2016”,
alertou Sílvio Costa Filho (PTB).
Em defesa do governo, o líder da base de
apoio, Waldemar Borges (PSB), afirmou que o Executivo aguarda a
consultoria da FGV para tomar uma decisão, que pode ser a ida à Justiça.
“Enquanto não sai, o governo precisa cumprir contratos. Tem a parte do
empréstimo Banco do Nordeste (BNB) e a da manutenção da obra. A parte
física está suspensa”, disse Borges.
LOA 2016
O Departamento Legislativo da Alepe
divulgou, nesta quarta-feira, o número total de emendas parlamentares à
Lei Orçamentária Anual (LOA) 2016, após fechamento do prazo às 20 horas
de terça-feira (03). Foram 656 emendas dos 49 deputados, sete a mais da
parcial de 649 propostas apresentadas às 18 horas. A Comissão de
Finanças passa a discutir, agora, o mérito da cada emenda. No dia 2 de
dezembro, a LOA irá à votação e será encaminhada para a sanção do
governador Paulo Câmara.
-----------------Fonte Jornal do comercio - Caderno Política - 05/11/2015 -----------------







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