O projeto foi aprovado sem alterações em relação ao texto da Câmara e, por isso, segue agora para sanção da presidenta Dilma Rousseff
Publicado em 04/11/2015, às 22h51
Da ABr
No parecer, Jader Barbalho destacou que ?a anistia não abole o crime. É um perdão do Estado, aplicado a fatos passados e que extingue a punibilidade?
Foto: Waldemir Barreto/ Agência Senado
O plenário do Senado aprovou
nesta quarta (4) projeto que altera a Lei 12.505/11, que concedeu
anistia a policiais e bombeiros militares dos estados de Alagoas, Goiás,
do Maranhão, de Minas Gerais, da Paraíba, do Piauí, Rio de Janeiro,
Ceará, de Rondônia, Sergipe, da Bahia, de Mato Grosso, Pernambuco, do
Rio Grande do Norte, de Roraima, Santa Catarina e do Tocantins, além do
Distrito Federal, para incluir militares dos estados do Amazonas, Pará,
Acre, de Mato Grosso do Sul e do Paraná, que também foram punidos por
envolvimento em movimentos reivindicatórios.
Relator da matéria, o senador Jader
Barbalho (PMDB-PA) manteve a justificativa dos autores da proposta,
deputados Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) e Cabo Daciolo (sem partido-RJ),
que argumentaram que as péssimas condições de trabalho e a baixa
remuneração têm levado policiais e bombeiros militares a participar de
movimentos reivindicatórios em vários estados.
Os autores do projeto também alegaram
que o Ministério Público Militar “vem enquadrando tais militares em
dispositivos do Código Penal Militar”. No parecer, Jader Barbalho
destacou que “a anistia não abole o crime. É um perdão do Estado,
aplicado a fatos passados e que extingue a punibilidade”. Segundo ele, o
projeto não inclui os crimes comuns eventualmente praticados.
“Neste caso, dei parecer favorável
porque acompanhei a reivindicação salarial, que estava sendo ignorada
por diversas administrações neste país em um segmento da maior
importância e da maior responsabilidade. Foi por isso! Se fosse por
outra razão, não, por que vou anistiar policial violento? Por que vou
apoiar indisciplina sem cabimento? Não. Mas neste caso, foi por
movimento reivindicatório. Essa gente só teve um caminho, o caminho da
pressão, como outros trabalhadores no Brasil têm tido”, justificou
Jader.
O projeto foi aprovado sem alterações em
relação ao texto da Câmara e, por isso, segue agora para sanção da
presidenta Dilma Rousseff.
------------------ Fonte jornal do comercio - Caderno Política - 04/11/2015 ----------------







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